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quinta-feira, 15 de abril de 2010
História do Cigano Tarso
No acampamento na cidade de Fedala, uma enorme fogueira foi armada.
Era uma linda noite de lua cheia.
O cigano Tarso fez a energização, acendeu a grande fogueira e ofereceu-a à Salamandra.
Tarso ficou perto do fogo, enquanto os ciganos ficavam em circulos ao redor do fogo.
Olhando para as chamas, Tarin começou a falar:
-Salamandra, tu que és o fogo vivo, queima todas as maldades do mundo com tua lingua de fogo e abre os caminhos para os ciganos passarem.
Ó Deusa encantada do fogo, queima todas as impurezas deste mundo.
Neste momento, as labaredas ficaram mais altas e transformaram-se numa mulher com cabelos de fogo.
Aos poucos, a grande fogueira foi ficando normal.
Todos os ciganos bateram palmas.
Então, o cigano Tarso jogou muitas folhas na grande fogueira, a fumaça perfumou o ambiente e os ciganos começaram a dançar ao som dos violinos.
Salve, Salamandra, salve o fogo vivo.
Salve os ciganos.
Sou uma rosa, sou um perfume,
sou a mais bela de qualquer jardim,
ouço lamentos, ouço queixumes,
não há mulher que não venha até mim.
Sei seduzir, me deixo seguir,
a palavra dificil para mim não existe,
de preto e vermelho, ou sem me vestir,
homem algum a mim me resiste.
Bebo champanhe, fumo cigarro,
digo mil coisas sem nunca falar,
sei ler na mão, jogo o baralho,
a mim só me engana quem eu deixar.
Se alguém precise e me queira encontrar,
siga o perfume em noite de luar,
diga meu nome sem se enganar,
sou Pombagira, a rua é meu lar.
Autor: Paulo Lourenço
POMBAGIRA SETE SAIAS DO CABARÉ
DONA SETE SAIAS, É MOJUBÁ!