Há muito que se discute sobre a questão do uso do sal grosso para as funções de descarrego!
Não vamos aqui enumerar uma série de motivos para que se faça isso ou não se faça, até mesmo porque, já existe farta documentação a respeito e, principalmente, porque esse tipo de ação vai depender muito mais da doutrina em que se está inserido do que propriamente qualquer coisa que se possa dizer como sendo falso ou verdadeiro.
Podemos comparar o uso do sal grosso com funções de descarrego espiritual ao tratamento químico que se dá ao câncer.
Sabemos que o câncer, em poucas palavras leigas, é o resultado patológico de células crescendo desordenadamente levando inclusive ao óbito.
O remédio contra essa doença atua nessas células doentes destruindo-as, entretanto, as demais células, ainda que saudáveis, têm as mesmas características orgânicas das células doentes e assim, o remédio também as destrói.
Chama-se a isso de reações adversas.
Podemos associar um fato ao outro dizendo que o mal espiritual que nos aflige é como a célula cancerosa, uma energia como outra qualquer com que lidamos no dia a dia, porém descontrolada, ou mesmo, negativamente dirigida, mas semelhante em suas estrutura as demais que componham nosso ser naquele instante.
Quando usamos o sal grosso ele atua de forma eficaz contra toda e qualquer energia, mas, principalmente, contra as deletérias, destruindo miasmas e negatividades, mas, da mesma forma que o remédio contra o câncer atua, provoca reações adversas em nosso organismo espiritual.
Por isso, é comum orientar-se para que o uso do sal grosso não se dê sobre a cabeça, ou Ori, sede de nossa espiritualidade mais avançada a fim de que não se produza reações mais adversas do que as que possamos suportar.
Como disse antes, em função de visões doutrinárias diferentes, não será incomum que muitos discordem desta tese, dando inclusive como exemplo a água do mar, posto que a mesma, absolutamente salgada, é um dos melhores banhos de descarrego que se possa conhecer.
A isso podemos retrucar que a religião é profundamente simbólica e o que se vê num determinado ponto da escala da criação não é exatamente o que se pode inferir de suas germinações ou conclusões futuras.
Da mesma forma que o Obi é a fruta que alimenta o Ori no ritual do Bori, sendo ele o fruto de uma determinada árvore, somente ele é utilizado no ritual e não as cascas da árvore, ou mesmo, serão as folhas da geratriz que farão parte do ritual, apenas o fruto.
Será que na árvore, mãe e produtora, não haverá qualquer parte intrínseca do Obi, da mesma forma, que na água do mar existe o sal?
Exato! Na água do mar existe o sal, mas ali é a água do mar o símbolo do banho e não mais o sal puro, o grosso, ou mesmo, como alguns admitem, o refinado, da mesma forma, que não se usa qualquer parte da árvore geratriz do Obi, mas, usa-se sobejamente a sua fruta.
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Sou uma rosa, sou um perfume,
sou a mais bela de qualquer jardim,
ouço lamentos, ouço queixumes,
não há mulher que não venha até mim.
Sei seduzir, me deixo seguir,
a palavra dificil para mim não existe,
de preto e vermelho, ou sem me vestir,
homem algum a mim me resiste.
Bebo champanhe, fumo cigarro,
digo mil coisas sem nunca falar,
sei ler na mão, jogo o baralho,
a mim só me engana quem eu deixar.
Se alguém precise e me queira encontrar,
siga o perfume em noite de luar,
diga meu nome sem se enganar,
sou Pombagira, a rua é meu lar.
Autor: Paulo Lourenço
POMBAGIRA SETE SAIAS DO CABARÉ
DONA SETE SAIAS, É MOJUBÁ!