Era uma vez uma cigana chamada Leilah que era alegre e tinha sete saias, uma de cada cor do arco-íris. Um certo dia ela apaixonou-se por um cigano, da mesma caravana, chamado Miro que era casado com a cigana Nadja. Os dois tinham um romance às escondidas. Mas este caso ficou ameaçado quando o pai de Leilah marcou seu casamento com Sérgio para quem estava prometida desde criança. A moça ao saber do noivado caiu em tristeza e não quis comer mais nada. Seu pai, interpretando a atitude da filha como birra escondeu as sete saias da jovem. Então Leilah, mesmo muito fraca, saiu de sua tenda vestida com camisola e jogou-se no fundo de um poço.
“Oh, Cigana das Sete Saias que morreu, sem suas vestes favoritas, por causa de um amor proibido. Entrego-lhe sete saias e peço para que você traga-me um pretendente. “
Minha amiga Patrícia, moradora de um sítio localizado em Bateias que é uma colônia rural da cidade de Campo Largo localizada na Região Metropolitana de Curitiba, ao saber desta história resolveu fazer a simpatia para a Cigana das Sete Saias. Como a sua chácara fazia fronteira com uma fazenda abandonada onde existia um poço, ela colocou sete saias coloridas ao redor dele e fez a oração. Algumas horas depois já era noite e Patrícia estava admirando a Lua cheia da sua janela. Quando, de repente, avistou uma moça toda iluminada, com uma luz prata, pegando as saias e entrando no poço. Na manhã seguinte, Patrícia foi com o seu irmão, Ricardo, até o poço. O menino entrou dentro do local através do balde com correntes. Chegando, ao fundo, ele constatou que o poço estava seco e vazio. Minha amiga acha até hoje que foi a Cigana das Sete Saias que surgiu naquela noite. Porém o mais importante é que dois meses depois, da simpatia, ela conheceu um peão num rodeio e casaram-se.
Luciana do Rocio Mallon